EXTRUSÃO PLÁSTICA
HISTÓRIA
DO PLÁSTICO
Em 1862, a borracha era a matéria prima de
muitos produtos e tinha um alto preço o que estimulou pesquisadores a
procurarem novos materiais para a sua substituição no processo industrial; então
Alexander Parkes que já havia descoberto anteriormente um material orgânico
derivado da celulose (que foi batizado de parkesina em sua homenagem)
apresentou na Exposição Internacional de Londres, apresentou um que pode ser considerado como o antecessor do plástico precursor da imensa família de
polímeros que conhecemos nos dias de hoje este material ao ser aquecido podia
ser moldado e permanecia desta mesma forma quando esfriava. Porém, o seu custo
elevado de produção desestimulou os investidores.
No
mesmo ano, uma indústria dos Estados Unidos, visando à substituição do marfim
na fabricação de bolas de bilhar, ofereceu um prêmio de dez mil dólares para
quem desenvolvesse um material substituto ao marfim que já se tornara um
material raro e caro; na tentativa de ganhar o prêmio o tipógrafo americano
John Wesle Hyatt e seu irmão Isaías, após oito anos de pesquisas, obtiveram o
celulóide produzindo um caldo de duas partes de nitrato de celulose e uma parte
de cânfora, álcool, polpa de papel e serragem. Gelatinizando depois a mistura
sob pressão, na presença de solventes, descobriram a primeira matéria plástica
artificial.
Hermann
Staudinger, em 1920 estudando a estrutura e propriedade dos polímeros naturais
(celulose e isoprene) e sintéticos provou que os polímeros são constituídos por
longas cadeias de moléculas derivadas de moléculas menores, por meio da
polimerização, derrubando a ideia que os plásticos eram compostos de anéis de
moléculas ligados. À época suas idéias não foram aceitas pela comunidade
científica e a discussão progrediu
Em 1936 o poliestireno, que tem como material
base o eteno e o benzeno começou a ser produzido comercialmente na Alemanha, substituindo o vidro, a madeira, o algodão, a celulose e inúmeros metais, matérias primas que há milhares de anos eram utilizadas pelo homem. A substituição
de matérias primas de origem animal por produtos de origem sintética barateou
os custos de produção possibilitando a expansão do consumo pela população de
menor poder aquisitivo. Em seguida veio a descoberta do polietileno, do PVC, da
poliamidas (Nylon) , e do poliéster. O domínio dos mecanismos de polimerização
contribuiu, para a descoberta de outros materiais plásticos com características físico-mecânicas e de alta resistência ao calor, os chamados tecnopolímeros ou
polímeros para engenharia.
O período pós segunda guerra mundial, o uso
dos materiais sintéticos foi rapidamente difundido em todo o mundo,
substituindo os materiais tradicionais e mudando costumes, conceitos, formas de
utilização e apli cações dos objetos, possibilitando o surgimento de novas
demandas como produtos descartáveis, artigos de lazer, brinquedos, calçados, vestuário, eletroeletrônicos, entre outros. Sendo, hoje, imprescindível na vida
das pessoas, avançando para novas tecnologias de transformação em diversas
áreas como a indústria espacial, utilização do plástico que jamais os percursores poderiam imaginar.
CRONOLOGIA
1835- Regnault apresenta o monômero de
cloreto de vinil.
1838- É descoberto o nitrato de celulose.
1839- Charles Goodyear descobre o processo
de vulcanização da borracha.
1865- É descoberto o acetato de celulose.
1870- Os irmãos Hyatt patenteiam a
celulóide.
1884- Hilaire Chardonnet inventa a primeira
fibra sintética, a rayon de viscose.
1905- Brandenburg inventa a celofane.
1909- Leo Baekeland descobre a baquelita.
1922- Hermann Staudinger sintetiza a
borracha.
1928- Ziegler começa a estudar a química
orgânica princípio da descoberta do PE e PP.
1929- A empresa Dunlop cria a primeira
borracha de espuma.
1931- J. A Hansbeke desenvolve o neoprene.
1933- Primeiros produtos injetados com
Poliestireno.
1938- Começa produção comercial de
Poliestireno.
1938- Roy Plunkett descobre o PTFE.
1939- ICI patenteia a cloração do Polietileno.
1940- O PMMA começa a ser utilizado na
aviação.
1948- George de Mestral inventa o Velcro.
1950- O Poliestireno de alto impacto começa
a ser produzido comercialmente.
1952- Começa aparecer os primeiros
produzidos fabricados em PVC.
1953- O Polietileno de alta densidade
começa a ser produzido comercialmente.
1954- O Polipropileno começa a ser
desenvolvido com o uso de catalisadores de
Ziegler-Natta.
1958- O Policarbonato começa a ser
produzido.
1963- Ziegler e Natta
ganham o Prêmio Nobel de Química.
Fonte:
www.plasticoscarone.com.br
POLÍMEROS
Os
polímeros são conjuntos de macromoléculas constituídas por unidades estruturais
que se repetem chamadas de monômeros que são pequenos segmento de uma cadeia,
que consiste em moléculas de carbono e hidrogênio, entre outras. Quando vários
tipos de monômeros participam da formação molecular obtêm-se plásticos
copolímeros.
Designa-se
por polimerização o processo químico pelo qual os monômeros se combinam
quimicamente e classificam-se em polímeros com cadeias longas lineares polímeros
com ligações cruzadas.
Os
Polímeros podem ser coloridos mediante qualquer dos sistemas de coloração
convencionais. Se forem utilizados corantes líquidos, o transportador deve ser
compatível com o material virgem. Se forem utilizados concentrados de cor, a
base do polímero deve ser similar ao material virgem, de preferência com menor
ponto de fusão. Em geral, deve-se levar em conta que em uma maior concentração
de corantes em lâmina final se obtêm menores valores de propriedades mecânicas.
"Os materiais incompatíveis podem ocasionar a deterioração das
propriedades da lâmina devido à de laminação ou manchas de cor
ADITIVOS – São produtos diversos incorporados para conferir
propriedades específicas aos plásticos incorporam-se diversos aditivos,
• Plastificadores (8 -15%) – aumentam a
processabilidade do plástico e garantem uma maior deformabilidade e menor
fragilidade do produto acabado.
• Estabilizadores (1-5%) – evitam a degradação dos
plásticos por agentes físicos e químicos
(calor, radiação UV,…)
• Corantes e pigmentos
Os plásticos são em geral caracterizados por
apresentarem:
.Baixa densidade
.Baixa rigidez
.Boa resistência química
.Elevado coeficiente de expansão térmica
.Baixa condutibilidade térmica e elétrica
.Baixa resistência mecânica
.infinitas
possibilidades de utilização
.higiênico
e asséptico
.um
ótimo isolante térmico
.leve
.flexível
e maleável
.resistente
.durável
e fiável
.reutilizável
.reciclável
VANTAGENS
• Possibilidade de obter um produto final sem
operações de acabamento
• Elevada relação resistência/peso
• Facilidade de processamento
• Possibilidade de escolha em termos de cor
Desvantagens:
• Temperatura de serviço baixa
• Elevada contração
ESTRUTURA E PROPRIEDADES
Para dar
forma a um material termoplástico este deve ser aquecido de forma a ser
amaciado, adquirindo a consistência de um líquido, sendo designado nesta forma
por polímero ou plástico fundido. Nos materiais termorígidos utiliza-se um
processo em que ocorre uma reação química que conduz à formação de ligações
cruzadas entre as cadeias poliméricas. A polimerização final pode ocorrer por
aplicação de calor e pressão ou por ação de um catalisador o polímero fundido é
um fluido espesso, de elevada viscosidade, em virtude do seu elevado peso molecular
a maior parte dos processos de transformação de polímeros envolve o escoamento
através de pequenos canais ou aberturas dos moldes as velocidades de escoamento
são, geralmente, elevadas, desenvolvendo-se velocidades e tensões de corte elevadas.
A viscosidade de um polímero fundido diminui com a velocidade de deformação, o
fluido torna-se menos espesso para velocidades de deformação elevadas
POLÍMEROS AMORFOS – tem estrutura molecular
aleatória, tanto na fase sólida quanto na fase líquida e não possuem
temperatura de fusão aparente, amaciam ao longo de uma gama de temperaturas. São
transparentes, tem baixa resistência química e redução volumétrica e,
geralmente, possuem baixa resistência
Exemplos de
polímeros amorfos
• Acrilonitrilo
butadieno estireno (ABS)
• Acrilícos (ex.,
PAN, PMMA)
• Policarbonato
(PC)
• Poliestireno
(PS)
• Policloreto de
vinilo (PVC
• Estireno acrilonitrilo (SAN)
POLÍMEROS
CRISTALINOS - Orientação molecular aleatória na fase líquida.
Na fase sólida aparecem cristalitos densamente
compactados, temperatura de fusão distintas, translúcido ou opacos, excelente
resistência química, elevada contração volumétrica, possuem geralmente uma
elevada resistência mecânica
Exemplos de polímeros cristalinos:
Acetais
Poliamidas (Nylon)
Polietileno (PE)
Polipropileno (PP)
Poliésteres termoplásticos (ex., PBT, PET)
EXTRUSÃO
A
palavra extrusão origina-se no vocábulo latino, em que “ex” significa força e
“tudere” significa empurrar, e define-se como um processo para obtenção de
produtos de comprimentos limitados e seção transversal constante, obrigando o
material a passar através de um cabeçote sob condições de pressão e temperatura
controlada. Esta forma de moldagem é muito antiga e seu uso em escala
industrial iniciou-se com a fabricação de tubos de chumbo no início do século
XIX. Equipamentos de extrusão também são utilizados na fabricação de materiais
cerâmicos, eletrodos de carbono, grafite para lapiseiras e polímeros
A
EXTRUSÃO PLÁSTICA
A
moldagem por extrusão apresenta característica essencial, que a distingue de
todos outros processos de conformação de polímeros. Esse processo é contínuo e
por isso é usado para fabricação de produtos acabados, como por exemplo:
barras, fitas, mangueiras e tubos, como também para produtos semimanufaturados,
que devam, posteriormente, sofrer novo processamento. A extrusão também é usada
para incorporação de aditivos, e em alguns casos podem ser usada como reatores
de modificação de polímeros, também conhecida como extrusão reativa. O processo
de extrusão é realizado em um equipamento conhecido como extrusora. Existem as
extrusoras com uma única rosca e extrusoras de dupla rosca.
A
extrusão plástica é um processo semelhante ao efetuado com metais, porém,
efetuado com temperaturas mais baixas, neste processo, a matéria-prima é
amolecida e expulsa através de uma matriz instalada no equipamento denominada
extrusora, produzindo um produto que conserva a sua forma ao longo de sua
extensão. Os produtos flexíveis, como embalagens, sacolas, sacos e bobinas
também conhecidos como filme, após o processo de extrusão, podem ser gravados
sendo modelados o produto final com soldas e cortes. Os produtos rígidos ou
semi-rígidos, como tubos, perfis, mangueiras e chapas, tem o mesmo processo,
havendo mudança da matéria-prima e matriz.
A
extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora,
encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é
resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um
granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).
MONOROSCA
Numa linha de extrusão, a máquina se alimenta de
grânulos, pellets ou pó previamente secado é alimentado, através do funil de
alimentação, para o canhão ou cilindro que esquenta,
plastifica, homogeneíza e comprime progressivamente o material através de
fricção e calor avançando ao longo de um cilindro em cujo interior
gira um parafuso (rosca) arquimedeano, a ação desta
rosca promove, através de pressão, o transporte deste material até o bico de
injeção (orifício da matriz) que lhe dá a forma desejada.
As permutas técnicas entre a matéria e o cilindro
aquecido, é acrescida pela energia do atrito entre eles e a derivada pela
compressão do material entre o parafuso e a cabeça da extrusão, faz com que as
peças produzidas saiam com alta temperatura de aquecimento, por este motivo,
após s sair do molde, a peça extrudada deve ser resfriada através de jato de ar
ou sistema de resfriamento a água
Vista
de corte de uma extrusora de rosca utilizada
para o processamento
de materiais poliméricos
Rosca
Única (RU) é o tipo mais utilizado pela indústria, pela capacidade de gerar
produtos homogêneos, de custo baixo e, na maioria dos casos, com a qualidade
desejada, não sendo possível atender a esses requisitos, usa-se a Rosca Dupla
(RD)
As
extrusoras de uma rosca (parafuso) são constituídas de:
Sistema
Motriz
Canhão
ou Cilindro
Sistema
de aquecimento e resfriamento
Rosca
1 – Sistema Motriz
Um
redutor acionado pelo motor intermédia a movimentação da rosca que tem a regulação
da variação de velocidade controlada através
do tacômetro e do amperímetro
2 – Canhão ou cilindro
Uma das superfícies necessárias para fricção
do polímero. Constituído de aços especiais, possui elevada resistência à
abrasão e à estabilidade térmica.
3 – Sistema de aquecimento e resfriamento
No processamento
do polímero, é necessário que haja um perfeito controle da temperatura e do resfriamento;
a maior parte da energia térmica consumida no processo de aquecimento das
extrusoras é gerada pela movimentação e, conseqüente, cisalhamento da rosca,
cerca de 80%, a outra parte provém de sistemas a vapor, óleo quente e, na
maioria dos casos, do aquecimento através de resistências elétricas, divididas
em grupos ou zonas de equipamentos colocadas ao redor do cilindro. O
resfriamento do cilindro é feito normalmente, por ar ou por líquido
(serpentina) ou, ainda, pela união dos dois sistemas
No
cilindro das extrusoras são utilizados pirômetros de dois estágios, os quais
são responsáveis para controlar a temperatura de processamento. O controle de
temperatura realizado por esses aparelhos ocorre através do mecanismo de ligar
e desligar o sistema de aquecimento e/ou o sistema de resfriamento. Os sensores
de temperatura utilizados nas extrusoras são os termo elementos que ficam
encaixados no cilindro, no centro de cada zona.
4 – Rosca
A rosca é constituída em aço-liga com
excelente resistência térmica, corrosão, torsão e flexão. A rosca é a parte
principal de uma extrusora, tendo a função de transportar, fundir ou amolecer,
homogeneizar e plastificar o polímero. Através da sua movimentação e
conseqüente cisalhamento, a rosca consegue gerar cerca de 80% da energia
térmica necessária para a transformação dos polímeros
A geometria da rosca
muda para cada polímero e deve ser projetada para promover a máxima eficiência,
vazão constante, plastificação e homogeneização adequada sem danos ao polímero
e sem prejuízos à sua durabilidade. Geralmente, a depender do processamento do
polímero e do processo envolvido para líquidos e gases e a rosca, o barril da
rosca deve possuir entradas e saídas para líquidos e gases e a rosca deve ser
deve ser projetada para atender essa exigência, concluindo-se, assim, ser quase
impossível ter uma mesma rosca capaz de trabalhar satisfatoriamente para todo e
qualquer tipo de material
Rosca Dupla
Uma extrusora de dois parafusos (rosca
dupla) tem a capacidade de misturar o material eficientemente evitando o
superaquecimento (degradação) do material polimérico. Existem dois tipos
básicos de extrusoras de dois parafusos, em que as roscas giram em concordância
ou em oposição. Estas
extrusoras são empregadas, normalmente, para se produzir blendas ou compósitos
poliméricos ou para misturar aditivos ao material polimérico
As extrusoras de dupla rosca, apesar de
maior custo, apresentam algumas vantagens em relação às extrusoras de uma
rosca, dentre estas vantagens destacam-se:
Maior eficiência de mistura,
plastificação e homogeneização do composto, em função da geometria da rosca ser
mais elaborada.
Podem ser usadas temperaturas de
processamento menores, diminuindo assim o consumo de energia elétrica.
Maior
eficiência no transporte de massa, ou seja, menor variação da vazão de material
polimérico, o que representa maior controle dimensional do produto final.
Tipos de roscas usadas em uma extrusora
de rosca dupla: (a)
rosca convencional, (b) rosca de alto cisalhamento
TÉCNICAS DE EXTRUSÃO DE POLÍMEROS
Extrusão de tubos
Extrusão de filmes
Extrusão de filmes planos
Processo de extrusão-laminação
Processo de Co-extrusão
Processo de Revestimento de Arames
Extrusão de Tubos
Na saída da matriz encontra-se um
calibrador a vácuo que tem a função de resfriar e controlar o diâmetro externo
do tubo. Normalmente, utiliza-se água gelada na saída do calibrador de modo a
conseguir maiores taxas de remoção de calor. Na frente do calibrador
encontra-se o puxador, o dispositivo de corte e recepção dos tubos cortados, o
diâmetro externo do tubo é determinado pelo calibrador, enquanto que o diâmetro
interno é determinado pelo diâmetro do torpedo
Extrusão de tubos: técnica da matriz de
calibragem.
A matriz deve ser projetada de forma a suportar altas pressões.
Além disso, o torpedo e o adaptador devem ser projetados de forma a assegurar o
fluxo laminar, sem pontos mortos que possam produzir o estacionamento do
material
Ilustração de uma matriz para extrusão
de tubos.
Extrusão de Filmes
Através do processo balão (filme
soprado), uma extrusora alimenta uma matriz tubular cujo anel de saída tem uma
abertura bastante delgada. O tubo extrudado sofre expansão na forma de uma
bolha por meio de um fluxo de ar soprado através do torpedo. O resfriamento do
filme ocorre por meio de outro jato de ar cuidadosamente controlado. O filme é
fechado por meio de rolos de pressão e tração. O material resultante é bobinado
sob tensão constante.
A largura e a espessura do produto
final são controladas através da velocidade de extrusão e do tamanho da bolha.
A resistência mecânica do filme é função direta da orientação molecular no
sentido longitudinal e transversal. Processo utilizado para produzir filmes
rígidos, flexíveis e semi-rígidos, com espessuras inferiores a 20μm, adequados
para a fabricação de sacos plásticos. Baixa produtividade em virtude do tempo
elevado que é requerido para o resfriamento da bolha. A bolha chega achatada
nos roletes de compressão, caso o filme não esteja suficientemente frio as extremidades
do mesmo podem colar entre si
A
matriz deve ser projetada de forma a suportar altas pressões. Além disso, o torpedo
e o adaptador devem ser projetados de forma a assegurar o fluxo laminar, sem
pontos mortos que possam produzir o estacionamento do material
Extrusão de Filmes
Através do processo balão (filme
soprado), uma extrusora alimenta uma matriz tubular cujo anel de saída tem uma
abertura bastante delgada. O tubo extrudado sofre expansão na forma de uma
bolha por meio de um fluxo de ar soprado através do torpedo. O resfriamento do
filme ocorre por meio de outro jato de ar cuidadosamente controlado. O filme é
fechado por meio de rolos de pressão e tração. O material resultante é bobinado
sob tensão constante.
A largura e a espessura do produto
final são controladas através da velocidade de extrusão e do tamanho da bolha.
A resistência mecânica do filme é função direta da orientação molecular no
sentido longitudinal e transversal. Processo utilizado para produzir filmes
rígidos, flexíveis e semi-rígidos, com espessuras inferiores a 20μm, adequados
para a fabricação de sacos plásticos. Baixa produtividade em virtude do tempo
elevado que é requerido para o resfriamento da bolha. A bolha chega achatada
nos roletes de compressão, caso o filme não esteja suficientemente frio as extremidades
do mesmo podem colar entre si
Ilustração de uma extrusora de filme plano.
Processo realizado através da extrusão de material amolecido ou fundido
que alimentada a matriz plana de largura e espessura adequadas às dimensões
finais da chapa. As chapas são normalmente resfriadas através do contato com
rolos (calandras), As chapas são puxadas e armazenadas em bobinas. Fornece
um produto de transparência superior ao processo tubular, devido à
possibilidade de se fazer um resfriamento rápido do material fundido.
Esquema
ilustrativo da produção de chapas.
Processo de extrusão-laminação
Empregado para a
aplicação de uma fina camada de polímero sobre papel, tecidos, filmes metálicos
ou outros substratos. O processo de extrusão – laminação apresenta similaridade
ao processo de produção de filmes. O material é encaminhado a uma matriz plana
que conforma o material em forma de chapa. O filme fino de polímero, ainda
amolecido, é aplicado sob pressão ao material de recobrimento (substrato), O
material a ser recoberto é alimentado continuamente desde uma posição de
desbobinamento, passando sobre o cilindro de pressão. A espessura da camada
aplicada pode ser regulada pela velocidade de fluxo da massa fundida e pela
velocidade do substrato.
Ilustração de um equipamento de
extrusão-laminação.
Processo de Co-Extrusão
A co-extrusão é um processo no qual se
consegue sobrepor camadas de dois ou mais materiais diferentes, com o objetivo
de se obter uma chapa com características especiais. Estas características
podem ser resistência química, brilho superficial, barreira a gases,
resistência ao impacto, ou simplesmente cores diferentes dos dois lados da
chapa extrudada. Também conhecido como
matriz múltipla, já que é necessário mais de uma extrusora conectadas a uma
matriz especial.
Processo de Revestimento de Arames
Fios
e cabos elétricos podem ser isolados com polímeros extrudados através de
matrizes transversais à linha de extrusão. Para certificação da integridade do
isolamento, as linhas de recobrimento de fios e cabos elétricos incorporam
ainda o chamado teste de faísca. Nesse teste, o fio ou cabo passa por dentro de
uma bobina de alta capacidade que induz alta corrente em uma pequena seção do
produto. No caso de falha no isolamento, a corrente escapa pela mesma,
provocando uma faísca detectada pelo equipamento e acionando um alarme para ao
operador da linha, que segrega a bobina defeituosa
Matriz de recobrimento de fios e cabos
elétricos: (a) matriz de alta pressão; (b) matriz
tipo tubular
Moldagem por sopro via extrusão
Dentre os processos mais comuns de moldagem
por sopro. Destaca-se o intermitente e o contínuo, além da possibilidade
variação nos sistemas de alimentação ou entrada de massas na matriz, como:
alimentação lateral, envolvendo o mandril, ou na alimentação por cima,
fixando-se o mandril com o auxílio de cruzetas.
No processo de extrusão por sopro produz-se
um tubo que é denominado de núcleo extrudado ou parison, que vem a ser a
mangueira quente que emerge da matriz anelar e que depois será soprada sobre as
paredes frias de um molde para tomar a forma definitiva. Após atingir um
comprimento adequado, o molde se fecha, prendendo o parison. Uma vez
aprisionado, o núcleo previamente aquecido é expandido no interior do molde oco
bipartido por meio da injeção de ar comprimido. Após adquirir a forma do molde
o produto final é resfriado e extraído do molde.
Representação
esquemática do processo de sopro via extrusão
Referências:
Arno Blass, Processamento de Polímeros, Universidade Federal de Santa
Catarina, editora da UFSC, 2 edição, Florianópolis, (1988).
Antonio Rodolfo Jr., Luciano Rodrigues
Nunes, Wagner Ormanji, Tecnologia do
PVC, BRASKEN, (2002)
BRESCIANI Filho, Ettore (coord.);
ZAVAGLIA, Cecília Amélia Carvalho; BUTTON, Sérgio Tonini;
GOMES, Edson; NERY Fernando Antonio
da Costa. Conformação
Plástica dos Metais.
Campinas:
Editora da Unicamp, 1997 (5 a .
edição), 383p.
SORS,
Láslós; BARDÓCZ; ISTVÁN Radnóti. Plásticos, Moldes e Matrizes, Curitiba: Hemus
Editora, 2002
MANRICH,
Sílvio. Processamento de Termoplásticos; rosca única, extrusão e matrizes,
injeção e moldes. São Paulo: Artliber Editora Ltda, 2005.
DuPont
– Manual de Processamento de Moldagem por Sopro
Monsanto - Manual de Extrusão http://www.selenis.com/
Comentários
Gostei
Ala hua kibar
Desde ja eu agradeço sua atenção !
Renato
openregis2@gmail.com
No que puder lhe ajudar com o conhecimento, farei com muito bom gosto. mande-me um e-mail que trocaremos ideias. antemão aviso, não sou vendedor nem permuteiro, também não faço negócios das coisas que posto nesta páginas e sepuder lhe ser útil numa discussão técnica, estou prontificado.
abraços
Eu não tenho seu email, estou ainda em processo de montagem das máquinas.
Preciso saber dimensões de uma extrusora que faça 30 kg/h.
No caso para começar. Quais seriam as medidas de canhão e rosca e CV de motor?
Fico no aguardo
Renato
openregis2@gmail.com