APONTAMENTOS SOBRE RETÍFICA

      Retificar é realizar o acabamento de superfícies de diferentes formas com grande precisão usando, para isso, pedras de amolar e o material usado para esse fim pode ser suave ou previamente temperado. Esse processo é indicado, principalmente, para materiais que, pela sua dureza, não são usináveis por arranchamento de apara ou para a obtenção de um acabamento muito fino (Behar et. al 2005).

      Na definição de Essel (2015), o processo de usinagem por abrasão é utilizado para retificar a superfície de uma peça para corrigir irregularidades. E são objetivos da usinagem: reduzir rugosidades ou saliências e rebaixos de superfícies usinadas com máquinas ferramenta; dar à superfície da peça a exatidão de medidas de padronização para obtenção de peças semelhantes que possam ser substituídas umas pelas outras; retificar peças que, durante o processo de tratamento térmico tenham sofrido ligeiras deformações e remover camadas finas de material endurecido por têmpera, cementação ou nitretação.


   Retificadora plana, eixo vertical
Fonte: Behar et. al (2005)

                    Retificar           é o “processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies com auxílio de ferramenta abrasiva de revolução” e nesse processo a ferramenta gira e a peça ou a ferramenta segue uma trajetória determinada e a peça pode girar ou não. Para tanto são utilizados abrasivos soltos ou ligados.  A retificação pode ser tangencial quando executada com a superfície de revolução da ferramenta e sendo tangencial ela pode ser cilíndrica ou cônica (externa ou interna, de revolução ou não, com diferentes avanços da ferramenta ou da peça) ou, ainda, pode ser de perfis, plana ou sem centros (com avanço longitudinal da peça ou radial do rebolo). A retificação frontal pode ser com avanço retilíneo ou cilíndrico é executada com a face do rebolo, geralmente, na superfície plana da peça na perpendicular do eixo do rebolo (Souza 2011).

            Retificadora plana eixo horizontal
                     Fonte: Behar et. al (2005)


MÁQUINAS DE RETIFICAR

Behar (2005) diz que os principais tipos de retificadoras são:
·         Retificadoras cilíndricas para exteriores;
·         Retificadoras cilíndricas para interiores;
·         Retificadora Universal, que também retifica cones;
·         Retificadora Plana, com pedra de amolar cilíndrica ou de vaso;
·         Retificadora sem centros, que retifica barras largas, e.

·         Retificadora de ferramentas.
  Retificadora sem centros
Fonte: Behar et. al (2005)
 Segundo Essel (2015) A retificadora é uma máquina empregada na usinagem de peças para dar às suas superfícies uma exatidão maior e um melhor acabamento do que os conseguidos em máquinas convencionais. Para serem retificados, os materiais ou peças geralmente precisam ser submetidos a tratamento térmico de têmpera. Há basicamente três tipos de retificadora: a plana, a cilíndrica universal e a cilíndrica sem centros (center less). Quanto ao movimento, em geral as retificadoras podem ser manuais, semiautomáticas e automáticas. Por se tratar trata de uma máquina utilizada para a produção em série., a center less,(sem centros)  é automática.    

         Retificadora universal
                Fonte: Behar et. al (2005)

RETIFICADORA CILÍNDRICA

Behar et. al (2005) afirma que as retificadoras cilíndricas, tanto as exteriores quanto as interiores são empregadas, sobretudo em trabalhos em grandes séries e assemelham-se às retificadoras universais, mas com “ a supressão de movimentos não necessários” e isso as  faz perder  em aplicações  ganhando, em contrapartida,  rigidez e perfeição no trabalho. Antes de assemelhá-las ele descreve a retificadora universal com o sendo uma máquina ferramenta compostas, essencialmente, de um eixo porta-pedras-de-amolar e de mesa porta-peças que gira numa velocidade variável; podem ser movidas manual ou automaticamente em direção ao eixo da peça ou, ainda, formar com o eixo um ângulo correspondente à sua conicidade. Possuem um cabeçote independente que permite a retificação de interiores e quando bem construídas chegam a considerar milésimo de milímetros

  Fonte: www.rrisso.unifei.edu.br/EME02/usinagem.

AVANÇOS NO FRESAMENTO

Quanto ao avanço automático da ferramenta ou da peça, a retificação cilíndrica pode ser com avanço longitudinal da peça (figura 71), com avanço radial do rebolo (figura 73), com avanço circular do rebolo (figura 74) ou com avanço longitudinal do rebolo**.
Retificação cônica - Processo de retificação tangencial no qual a superfície usinada é uma superfície cônica (figura 75). Esta superfície pode ser interna ou externa.
Quanto ao avanço automático da ferramenta ou da peça, a retificação cônica pode ser com avanço longitudinal da peça (figura 75), com avanço radial do rebolo, com avanço circular do rebôlo ou com avanço longitudinal do rebolo.
 Retificação de perfis - Processo de retificação tangencial no qual a superfície usinada é uma superfície qualquer gerada pelo perfil do rebolo (figuras 76 a 77).
Retificação tangencial plana - Processo de retificação tangencial no qual a superfície usinada é uma superfície plana (figura 78).
Retificação cilíndrica sem centros - Processo de retificação cilíndrica no qual a peça sem fixação axial é usinada por ferramentas abrasivas de revolução, com ou sem movimento longitudinal da peça (figuras 79 a 82).
A retificação sem centros pode ser com avanço longitudinal da peça (retificação de passagem) ou com avanço radial do rebolo(retificação em mergulho) (figuras 80 a 82).
Retificação frontal - Processo de retificação executado com a face do rebolo. É geralmente executada na superfície plana da peça, perpendicularmente ao eixo do rebolo.

A retificação frontal pode ser com avanço retilíneo da peça (figura 83), ou com avanço circular da peça (figura 84).


Esta  última figuras foi de um apontamento antigo que não anotei as referências,irei procurá-las para registrar

Referências de pesquisa:
  1. ESSEL       Cursos Processos de Fabricação, aula 54 em: http://www.essel.com.br/cursos/material/01/ProcessosFabricacao/54proc3.pdf acessado em 19 de setembro de 2015 às 09h45min h.
  2. SOUZA, André João. Processo de Fabricação por Usinagem – Parte 01 Porto Alegre, UFRGS 2011.
  3. BEHAR, Maxim (organização), Edson Bini, Ivone D. Rabelo (colaboração) e Márcio Pugliese (supervisão). Manual Prático de Máquinas Ferramentas. Hemus Editora, São Paulo 2005.






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