ALGUMAS QUESTÕES E RESPOSTAS SOBRE USINAGEM (SABER BÁSICO)
MATERIAIS
PARA FERRAMENTA.
1)
Quais
são os fatores que determinam a seleção do material da ferramenta?
R.: Material
a ser usinado, processo de usinagem condição da máquina operatriz, forma e
dimensões da ferramenta, custo do material da ferramenta, condições de usinagem
e condições da operação.
2)
Na
condição de usinagem de acabamento se utiliza altas velocidades de corte, baixo avanço e baixa profundidade de corte, exigindo ferramentas mais resistentes
ao desgaste/ enquanto que nas condições de desgaste utiliza-se altas velocidades de corte,
altos avanços e altas profundidade de corte, tendo a ferramenta que apresentar uma
maior tenacidade, explique o porque?
R.: Uma
ferramenta tenaz resiste bem aos choques inerentes do processo.
3)
Quais
são as 3 principais características de do material de uma ferramenta?
R.: Dureza
à quente, resistência ao desgaste, tenacidade e estabilidade química.
4)
Explique
o que é dureza a quente?
R.: Dependendo
do tipo de operação, a temperatura da ferramenta pode ultrapassar 1000ºC. Então
cada vez mais se procuram materiais de ferramentas que possam atingir essa
temperatura com dureza suficiente para suportar as tensões do corte.
5)
Qual
a composição química de uma ferramenta de aço rápido?
R.: Alta
liga de tungstênio, molibdênio, cromo, vanádio, cobalto e nióbio.
6)
O
aço rápido é dividido em duas categorias T e M qual a diferença entre as duas?
R.: “T”
compreende os tipos predominantes ao tungstênio e a categoria “M” compreende os
tipos de molibdênio.
7)
Nos
aços o são adicionados elementos de ligas e os mais importantes são? carbono,
tungstênio. molibdênio, vanádio e nióbio, qual a função destes elementos de liga
e o que eles formam?
R.: A função é aumentar
a dureza do material e formam o cromo e o cobalto.
8)
Os
principais revestimento nos aços rápidos são TiN e TiCN, esses revestimento tem
a finalidade de aumentar a dureza, elevar a ductibilidade, evitar a formação de
arestas postiças entre outras, no gráfico abaixo identifique a ferramenta de aço
rápido comum e aço rápido revestido. FAZER FIGURA DA CURVA.
R.:
9)
Qual
a diferença entre ferramentas de metal duro e cermets?
R.: O
Metal duro é feito de partículas duras finamente divididas de carbonetos de
metais refratários, sintetizados com um ou mais metais no grupo de ferro
formando um corpo de alta dureza e resistência a compressão e o cermets tem
alta resistência à oxidação, à formação da aresta postiça de corte e alta
resistência à deformação plástica.
10) Qual a influencia da % de cobalto na
ferramenta de metal duro?
R.: 6%
de Co.
11) Descreva brevemente os grupos de ferramentas
de metal duro?
R.: Os diversos grupos de metal duro são
classificados em P, M e K
O Grupo P é constituído de metais duros de elevados teor de TiC +
TaC. Proporciona maior dureza a quente e resistência ao desgaste. É utilizado
para usinar materiais que produzem cavacos contínuos, devido o aumento da
temperatura gerado pelo alto atrito com a superfície de saída da ferramenta.
Tende a desgastar bastante a ferramenta (Desgaste cratera)
O Grupo K, são metais duros compostos de carbonetos de tungstênio
aglomerado pelo cobalto. Por não apresentar.
12) Quais são as novas classes de metal duro e
qual a vantagem de se utilizar elas?
1.
Classe
N (com as subclasses N01 a N30), aplicável a materiais não ferrosos;
2.
Classe
S (com as subclasses S01 a S30) aplicável à usinagem de superligas e ligas de
titânio;
3.
Classe
H (com as subclasses H01 a H30), aplicável à usinagem de materiais endurecidos.
Dentre
as vantagens na utilização dessas classes, podemos citar: a possibilidade de
usinar qualquer tipo de material com dureza inferior a 45 HRc.
13) Quais são os principais revestimento do metal
duro.
R.: Ferro,
níquel e cobalto
14) A
camada de oxido de alumínio garante estabilidade térmica a ferramenta de corte
pois se trata de material cerâmico refratário assim garantido uma ótima
resistência ao desgaste abrasivo, alta dureza a quente e ótima resistência
química, com todas essas propriedades, porque, mesmo assim, temos que
revestir a primeira camada com TiC.
R.: Pelo
fato da camada de TIC possuir excelente resistência ao desgaste por abrasão,
além de funcionar como elemento que promove a adesão de camadas de cobertura
com o material duro do núcleo.
15) As espessuras dos revestimentos do metal duro
são na ordem de 2µm a 12µm, quando se aumenta a espessura do revestimento a
resistência do desgaste aumenta proporcionalmente porem a tenacidade diminui,
faça uma relação gráfica deste item.
R.:
16) Os novos revestimentos para o metal duro são
TiAlN e AlTiN, porque esses dois novos revestimentos melhoram a resistência a
oxidação das ferramentas?
R.: Quando
esse material oxida, forma-se uma camada de Al²O³, que é inerte quimicamente
por isso resistente a difusão e a oxidação.
17) Existe revestimentos alto lubrificantes para as
ferramentas de metal duro, quais são eles e qual o principio de funcionamento
desses lubrificantes?
R.: Cobertura
de carboneto de titânio ou óxido de alumínio, nitreto de titânio e carbonitreto
de titânio. Sua finalidade é aumentar a resistência ao desgaste da camada
superior que entra em contato com o cavaco e com a peça, sendo que o núcleo da
pastilha permanece com a tenacidade característica do metal duro mais simples (
WC + Co). Assim aumenta bastante a vida útil e diminui os esforços de corte.
18) As camadas de TiAlN e AlTiN são aplicadas por
PVD assim proporcionando menores espessuras, através disso o que pode ser
proporcionado a aresta de corte?
R.: Baixa
condutividade térmica, alta dureza a frio e a quente e alta estabilidade
química.
19) Quais são as principais aplicações das
ferramentas de CERMERTS?
R.: Torneamento
e fresamento leve, sem refrigeração aços inoxidáveis e no fresamento em
acabamento e semiacabamento de aços para moldes e matrizes com dureza até
50HRc.
20) Quais são os tipos de ferramentas cerâmicas a
base de oxido de alumínio?
R.: Pura
e mista
21) O
que são ferramentas Whisker?
R.: São
monocristais de SIC.
22) Porque as ferramentas de cerâmicas puras
possuem boas características na usinagem de FoFo?
R.: É
utilizada somente em operações de acabamento (onde não se precisa de muita
tenacidade) de peças endurecidas, ferro fundido onde as temperaturas atingidas
são altas e também onde a tendência ao desgaste por difusão é grande.
23) Como devemos especificar a camada de
revestimento de uma ferramenta com revestimento de diamante?
R.: PCD (policristalino).
24) A
composição química dos revestimento de diamante encontrados no mercado
industrial não variam o que variam é o tamanho da partícula que é encontrada de
2µm a 25µm, o tamanho da partícula impacta diretamente na tenacidade e
resistência ao desgaste da ferramenta faça uma relação gráfica dessas duas
propriedades com os tamanho das partículas?
R.:
25) Qual a importância do sentido da
anisotropia nas ferramentas de diamante?
R.: Faz
com que haja a necessidade de cuidados com a lapidação do PDC para que a
direção mais resistente coincida com aquele que está resistindo aos esforços de
corte. O diamante reage com o ferro em temperaturas moderadas fazendo que
ocorra elevado desgaste da ferramenta por difusão.
26) Porque as ferramentas de diamante não
podem ser utilizadas na usinagem de materiais ferrosos?
R.: Devido
a sua composição química. À medida que o tamanho do grão cresce, a resistência
ao desgaste aumenta, com conseguinte queda da tenacidade.
27) Explique porque as ferramentas de
diamante possuem bom desempenho na usinagem de ligas de Al-Si.
R.: Não
geram arestas postiças de corte. O alumínio não solda facilmente no PCD e a VU é
mais que cem vezes maior do que a vida da ferramenta de NDV.
28) As ferramentas de CBN são divididas em duas
classes de desbaste e acabamento qual é a especificação de cada uma e qual a
diferença entre elas?
R.: Para
usinagem em desbaste (ap entre 0,5 e 0,8mm) ou para corte interrompido e para
acabamento (ap menor menor que 0,5mm) ou
para cortes contínuos ou com poucas interrupções.
Os CBN's para desbaste possuem maior
concentração de nitreto de boro cúbico (90% em volume) o que aumenta a ligação
cristal com cristal e faz sua tenacidade aumentar. Já em operações de
acabamento os CBN's são aqueles onde uma fase cerâmica é adicionada, de tal
maneira que as ferramentas resultantes possuem menor tenacidade e dureza,
melhorando a estabilidade química e térmica que os CBN's de desbaste.
29) Onde são utilizados as ferramentas de CBN?
R.: São
empregadas na usinagem de aços duros de 45 à 65 HRc, aços moles, aços
ferramenta, aços rápidos, ligas ferrosas, resistentes à altas temperaturas à
base de níquel e cobalto, metais duros e revestimentos duros com alta
porcentagem de carboneto de tungstênio ou Cr-Ni, aplicadas por soldagem de
deposição ou jato de material liquefeito por chama.
30) Defina os tipos de desgaste e avarias
das ferramentas?
1. Desgaste
frontal (ou de flanco)- ocorre na superfície de folga da ferramenta e é causado
pelo contato entre a ferramenta e a peça.
2. Desgaste
da cratera- Ocorre na superfície de saída da ferramenta, sendo causado pelo
atrito entre a ferramenta e o cavaco.
3. Deformação
plástica de aresta de corte- Tipo de avaria decorrente da pressão aplicada à
ponta da ferramenta.
4. Quebra
da aresta de corte- Pode ser evitado utilizando-se uma ferramenta com maior
dureza à quente e maior resistência à deformação plástica.
5. Lascamento-
Ocorrência verificada em ferramentas com material frágil e/ou quando a aresta
de corte é pouco reforçada.
6. Trincas-
Causadas pela variação da temperatura e/ou pela variação dos esforços
mecânicos.
31) Qual parâmetro de usinagem utilizado em
uma condição errada o desgaste frontal e o que esse modo de desgaste gera na
minha superfície usinada.
R- O desgaste frontal ocorre
em todo o processo de usinagem mas é incentivado pelo aumento da velocidade de
corte; ocorre na superfície de folga da ferramenta e é causado pelo contato
entre a ferramenta e causa a deterioração do acabamento superficial da peça.
32) Como é gerado a deformação plástica nas
ferramentas de corte e o que esse modo de falha gera na minha superfície
usinada e como podemos evitar essa falha na ferramenta?
R.: Deformação
plástica: mudança na geometria da aresta de corte pelo deslocamento do
material, ela ocorre devido altas tensões atuantes na superfície da ferramenta.
Em casos extremos vai gerar a total destruição da cunha cortante. É mais comum
ocorrer em ferramentas com resistência relativamente baixa ao cisalhamento e
com maior tenacidade, é evitado pelo emprego de um ferramenta com maior dureza
à quente e maior resistência à deformação plástica.
33) Faça um esboço de trinca térmica e
trinca mecânica e cite os fatores que geram essa esses modos de falhas?
R.:
34) Quais são as cotas necessárias para se
estudar o mecanismo de desgaste das ferramentas?
R.: Mede-se
no plano octogonal d ferramenta os desgastes na superfície de saída e na
superfície de folga da ferramenta. Na superfície de saída, tem-se os desgastes:
profundidade da cratera, largura da cratera e distância do centro da cratera à
aresta de corte. Na superfície de folga, mede-se: a largura do desgaste de
flanco e o valor dos desgastes gerado na superfície de folga pelos entalhes.
35) Explique o que é aresta postiça, como é
o seu fenômeno de formação, porque ela gera desgaste de cratera e como podemos
evitá-la?
R-
Camada de cavaco que, permanecendo aderente à aresta de corte, modifica seu
comportamento. Tende a crescer gradualmente, até romper-se bruscamente por uma
perturbação dinâmica. Ao se romper, a aresta postiça arranca partículas da
superfície de folga da ferramenta. Podemos evitar aumentando a velocidade de
corte, ultrapassando a temperatura de recristalização do material do cavaco.
36) Alguns
desgastes são gerados por abrasão e outros por difusão, qual a diferença entre
esses dois modos de geração de desgaste.
R- O
desgaste gerado pela abrasão é incentivado pela presença de partículas duras no
material da peça e pela temperatura de corte que reduz a dureza da ferramenta.
37) A oxidação também é um fator que gera
desgaste, explique como ocorre essa oxidação.
R- A
oxidação é gerada por altas temperaturas e a presença de ar e água nos fluidos
de corte.
38) Existe 5 principais modos de falhas que
geram desgaste são eles: aresta postiça, aderência, abrasão, difusão e
oxidação, qual a relação desses modos de falhas com altas e baixas velocidades
de corte?
1. Aresta
de corte- em baixas velocidades de corte, a parte inferior do cavaco se solda à
ferramenta, separando-se de outras porções de cavaco. Quando a velocidade de
corte cresce, a temperatura de corte também cresce.
2. Aderência- é formada em baixas temperaturas e baixas velocidades de corte.
3. Difusão- em altas velocidades de corte é responsável pelo desgaste da cratera.
4. Em velocidades de corte baixas, o desgaste é relativamente alto por causa do cisalhamento da aresta postiça de corte e da aderência. Em velocidades de corte maiores, o desgaste é causado, principalmente, pelos fatores cuja intensidade depende da temperatura de corte como a abrasão mecânica, a difusão e a oxidação.
2. Aderência- é formada em baixas temperaturas e baixas velocidades de corte.
3. Difusão- em altas velocidades de corte é responsável pelo desgaste da cratera.
4. Em velocidades de corte baixas, o desgaste é relativamente alto por causa do cisalhamento da aresta postiça de corte e da aderência. Em velocidades de corte maiores, o desgaste é causado, principalmente, pelos fatores cuja intensidade depende da temperatura de corte como a abrasão mecânica, a difusão e a oxidação.
39) Defina vida da ferramenta?
R: Vida da ferramenta é
o tempo que a mesma trabalha efetivamente até perder sua capacidade de corte,
atingindo esse tempo, a ferramenta deve ser re-afiada ou substituída.
40) Quando que a ferramenta devem ser
retiradas de uso?
R:Os
fatores que determinam o fim da vida da ferramenta são vários, entre elas
temos:
a) Desgaste elevado onde há
o receio de quebra da aresta de corte.
b) Quando há a dificuldade
de atingir tolerâncias e ou acabamento de superfície adequado.
c) Elevação de temperatura
da aresta cortante onde a ferramenta perca o fio de corte
d) Aumento da força de corte
na usinagem devido a desgastes que afetem o funcionamento da máquina.
41) Quais são os valores de Vb para
acabamento e desbaste e de ferramentas com revestimento?
R: Quando se utiliza ferramenta
de metal duro com revestimento, o crescimento do desgaste é bem lento devido à
alta resistência das camadas revestidas, até atingir o VB na ordem de 0.3 a
0.4mm, após esse valor o desgaste aumenta consideravelmente atingindo de 0.8 a
1.5mm facilmente.
42) Existe 3 principais parâmetros de
usinagem, Vc, f e Ap faça uma classificação em ordem decrescente de qual
impacta mais na vida da ferramenta?
R:
Primeiro, velocidade de corte, influencia no desgaste;
Segundo, avanço, com o
aumento de calor;
Terceiro, AP, que impacta no
aumento do tamanho do cavaco.
43) Qual a relação do ângulo de cunha, saída
folga com a vida da ferramenta explique o porquê?
R:
Quanto maior o ângulo de saída, menor a deformação do cavaco e menor a
temperatura.
44) Explique a influencia do raio de ponta
com a resistência da ferramenta e a vibração?
R:O
aumento do raio de ponta torna a ponta da ferramenta mais resistente, mas
também aumenta a vibração da ferramenta devido ao aumento do atrito causado
pela maior área de contato entre a ferramenta e a peça. O acabamento da
superfície depende muito da relação entre avanço e raio de ponta.
45) Qual a relação entre raio de ponta, f e
Vc com Ra?.
R: a)
Raio de ponta: Quanto maior o raios de ponta, maios a vibração por aumento do
contato da ferramenta com a peça, interferindo na rugosidade;
b) Avanço: Com o aumento do Avanço, a
pressão especifica de corte diminui, a formação de cavaco é facilitado e a
rugosidade da peça se aproxima do ideal;
c) Velocidade de corte: A rugosidade
oscila entre valores altos e baixos a medida que a velocidade de corte cresce;
46) Qual o tempo de vida da ferramenta de
metal duro utilizada para desbaste nas seguintes Vc = (180 / 128 / 160 e 170
m/min), Utilizar o livro para resolver está questão (tecnologia de usinagem dos
materiais –Cap 7).
R: Por
analise do Gráfico da imagem 7.5 da pg 127 do livro,
A vida útil da ferramenta em VC =180 é
de 28 minutos, Vc=128 é de 69 minutos, Vc =170 é de 27 minutos, Vc= 160 é de
38 minutos.
47) Utilizando a curva econômica de uma
ferramenta de metal duro, qual a Vc que devo utilizar para obter melhor
eficiência da minha ferramenta, especifique o trecho escolhido o porque e
também explique o porque você não escolheu os outros trechos? Utilizar o livro
para resolver está questão (tecnologia de usinagem dos materiais –Cap 7).
R: Com
base na figura 7.7, da página 127.
A imagem é dividida em três
partes, sendo elas a, b, c, onde a parte da c da imagem é mais economicamente
interessante, apesar do desgaste ser menor no trecho b.
O motivo da escolha do
trecho c: mesmo com o valor de desgaste um pouco maior que o trecho b, a
velocidade de corte é bem superior.
48) A usinabilidade dos materiais depende?
R: Do
estudo metalúrgico das peças, da dureza, das propriedades mecânicas do
material, de sua composição química, das operações anteriormente efetuadas
sobre o material a frio ou a quente e do eventual encruamento.
49) Explique o ensaio de usinagem?
R: É o
método mais aceito para a medição do índice de usinabilidade, no ensaio de
longa duração o material usinado e o material de referencia, tomado como
padrão, são usinados ate o final da vida da ferramenta ou ate certo valor de
desgaste da ferramenta, isto em diversas velocidades de corte diferentes. Este
ensaio permite obter uma velocidade de corte para a vida de uma determinada
ferramenta.
50) Qual a relação (resistência mecânica e
dureza VS usinabilidade) e (ductilidade, dureza e usinabilidade)?
R:
Normalmente, valores baixos dessas propriedades favorecem a usinabilidade. Mais
se tratando de materias dúcteis a baixa dureza causa problemas devido a
formação da aresta postiça de corte. Ai recomenda-se aumentar a dureza através
trabalho a frio.
51) O aço inoxidável 303 e 316 possuem a
mesma dureza porque o 303 possui melhor usinabilidade?
R:
Além da dureza outros fatores também são importantes na usinabilidade. A
quantidade de inclusões e aditivos, quantidade de partículas, a micro
estrutura, a tendência ao empostamento do cavaco na superfície da ferramenta
são alguns destes fatores.
52) Porque a condutividade térmica
influência na usinabilidade?
R: Uma
alta condutividade térmica dos materiais da peça propicia que o calor gerado
pelo processo seja rapidamente dissipado da região do corte, não esquecendo que
há necessidade de uma refrigeração eficiente.
53) Porque as ligas de Al-Si apresentam
dificuldade de serem usinadas?
R: Por
que as partículas de silício são altamente abrasivas e desgastam rapidamente a
ferramenta de metal duro.
54) Qual a relação da dureza com a condutividade
térmica na usinagem de ligas de Al, e o que acontece nessa condição?
R: As
ligas Al alta condutividade térmica o que favorece sua usinabilidade, porem com
relação à dureza, é necessário que a liga possua dureza maior que 80 HB para
uma boa usinabilidade. Sendo a dureza menor que isto, é provável que haja a
formação de arestas de corte o que dificulta a obtenção de uma rugosidade
baixa.
55) As ferramentas de usinagem de Al
apresentam ângulos positivos nas ferramentas, explique o por quê?
R: Para
evitar a aresta postiça de corte e garantir um perfeito cisalhamento do cavaco.
56) Quais são os elementos de liga e suas
influencia na usinagem de Al?
R: Estanho,
Bismuto e chumbo: Atuam como lubrificantes e fragilizadores do cavaco.
Ferro, Manganês, Cromo e
Níquel: formam partículas, que favorecem a quebra dos cavacos e que em grande
quantidade tem efeito abrasivos sobre a ferramenta.
Manganês: em teores pequenos aumenta a
dureza do cavaco e diminui o coeficiente de atrito entre o cavaco e a ferramenta.
57) Qual a influencia da taxa de resfriamento da
fundição com a usinabilidade dos materiais?
R- A influência ocorre na velocidade de resfriamento do metal
líquido.
58) Entre um mesmo material trefilado a frio e
laminado a quente, qual apresenta maior vida da ferramenta, explique o porque?
R- O encruamento via
trabalho a frio promove o aumento da dureza e diminui a ductilidade. E a vida
das ferramentas aumenta após a trefilação a frio das peças porque acresce a
dureza.
59) Nos aços qual a relação de dureza com desgaste
por difusão e abrasão e formação de aresta postiça?
R- Por convenção, o
valor de 200 HB é tomado como o valor médio para a dureza do aço na
usinabilidade. Se esse valor da dureza é diminuído, a tendência é aumentar a
formação da aresta postiça de corte. Se aumentar o valor, o desgaste da
ferramenta por abrasão e difusão passa a afetar negativamente a usinabilidade
do material.
60) Quais elementos de liga que melhoram a
usinagem e quais elementos de liga que prejudicam a usinagem?
R- O chumbo, o
enxofre e o fósforo tem efeito positivo sobre a usinabilidade; já os elementos
formadores de carbonetos (partículas duras e abrasivas) vanádio, molibdênio,
nióbio, tungstênio, manganês, níquel, cobalto e cromo tem efeito negativo
61) O desempenho dos elementos de liga depende?
R- Depende do teor de
carbono. Teores entre 0,3% a 0,6% tendem a melhorar a usinabilidade;
percentuais menores que 0,3% tendem à formação de arestas postiças de corte que
prejudicam o cisalhamento do cavaco em virtude da alta dutibilidade e da baixa
dureza. E com percentuais maiores que 0,6% de carbono, o material se torna
muito duro e abrasivo e desgasta rapidamente a ferramenta.
62) Explique a usinabilidade dos aços inoxidáveis
(ferríticos e martensitico) e (austeníticos).
R- Os aços inoxidáveis
tem o cromo como elemento de liga predominante e este elemento é formado da
ferrita e a sua estrutura não se altera, por isso suas propriedades são
semelhantes ao ferro puro o que vale também para as condições de usinabilidade.
Os aços inox austeníticos formam cavacos longos que empastam sobre a superfície de saída da ferramenta o que resulta na formação de aresta postiça de corte.
Os aços inoxidáveis martensíticos são difíceis de usinar devido aos altos teores de carbono que são portadores de alta dureza, isso exige um maior esforço de corte por causa da presença de partículas duras de carboneto de cromo.
No geral, os austeníticos são os mais difíceis de usinar, também por possuírem baixa condutividade térmica, alto coeficiente de atrito e alto coeficiente de dilatação térmica.
Os aços inox austeníticos formam cavacos longos que empastam sobre a superfície de saída da ferramenta o que resulta na formação de aresta postiça de corte.
Os aços inoxidáveis martensíticos são difíceis de usinar devido aos altos teores de carbono que são portadores de alta dureza, isso exige um maior esforço de corte por causa da presença de partículas duras de carboneto de cromo.
No geral, os austeníticos são os mais difíceis de usinar, também por possuírem baixa condutividade térmica, alto coeficiente de atrito e alto coeficiente de dilatação térmica.
63) Em relação a usinagem dos ferros fundidos,
qual a relação entre dureza e usinabilidade
R- Quanto maior a
dureza e a resistência de um ferro fundido, pior a sua usinabilidade.
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